"Surrealism is the magical surprise upon finding a lion in the closet where one wanted to get a shirt" - Frida Kahlo

Saturday, March 7

Act V

"... La vie est une gar, je vais bientôt partir, je ne dirai pas ."



Parto

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Little Instants VI

She likes the feeling of linger, until the end. It's always accompanied by a sense of some type of... beginning? She thinks of rainbows and lets her arms fall in tiredness at the thought of chancing them.
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Thursday, March 5

U2 - Stay (faraway, so close)

Because today I feel dressed up like a car crash...



*Fifteen cuts and burns... Wingless angel, which: London, Belfast or Berlin (?)
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Lunatics Ball

Olho para a sequência de imagens que passam no espelho à minha frente. Espero. Passa tempo suficiente para o ácido surtir efeito. Coloco a mão no botão. Mas, não abro o recipiente. Paro e olho. Não me olho naquele espelho. Olho para o reflexo do que existe atrás de mim. Na pequena sala, que eu habito diariamente por algumas horas, vejo pessoas. Iguais. Respiram em cores diferentes. Penso na bola. Muitas personagens. Vários palcos. Tantas coreografias. O nome, o conceito... perfeito. Sorrio. Lembro-me da palavra mirabolante. Abro a tampa e deixo que o vapor embacie o vidro.

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Monday, March 2

Things XVI

I'm some one else...


Photo by, Diane Arbus - 1961
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Wednesday, February 25

Lost and Found I

Stillness

I wish I was here.



* I have a desert in my mouth... literally.

Friday, February 20

D-E-C-A-D-E-N-C-E ou Alquimia das Transparências

A bala de titânio que encontraste nas palavras, não está mais na gaveta da minha cómoda. Encontra-se agora na minha mão. Apetece-me aloja-la na minha cabeça. Se não existo... deveria eu logo não pensar. Não sentir. Mas sinto. Sinto-me a desaparecer. Como uma fotografia esquecida no chão de um sótão qualquer. A imagem dissipa-se. Não sou mais. Sobrevivo, apenas. Tudo o que resta são cinquenta gramas de rebuçados coloridos, selados numa caixa de vidro em volta do meu pulso. Vejo-os, mas não os alcanço. Sei de cor o seu sabor. Doce. Com eles esta a chave que destranca a algema. A que me amarra a outra mão, ao revolver da vida. Sorri-me, traiçoeiramente. O meu reflexo... não a chave.

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Friday, February 13

Valentine...sweet f*cking valentine.

Farta de ouvir falar de. Farta de ouvir falar de planos para. Farta de ouvir falar de passados dias de. Farta de risos histéricos, porque. Farta do numero catorze no mês dois, quando. Farta de olhinhos a piscar em forma de coração para, e suspiros de...




Eu cá prefiro caramelos... numa sexta-feira treze qualquer!!
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Saturday, February 7

The memory of running...

If I close my eyes, I can visualize the feeling of misguidance. The colour of the trail, doesn't fit the plans I don't make. The same events stuffed in a slightly different order each day, make me want to run... away. My feet are finally on the ground. If I start, will I remember how to stop?

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Saturday, January 31

Act IV

Se limpo a face e esqueço as luzes, se dispo a personalidade e me perco no escuro, é porque me cansei de todos os cenários, todas as deixas decoradas e previstas. Recuso-me a ensaiar em palco de fundo falso! É na plateia que termino o ultimo acto.





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Friday, January 23

The Kills - Last day of magic

Today I'm brewing a hurricane...



*I'm sweeping so, leave me alone...
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Thursday, January 22

Tomorrow starts today

Wrapped in metal. Its not as heavy as they say...
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Thursday, January 15

Nina Persson - Dead leaves and the dirty ground

Because today I feel like thirty notes in the mailbox...



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Act III

Free falling...




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Photo by, Klaus Lahnstein

Insomnia's lover

Suspira o silêncio em mim. Suponho as certezas e jogo às escondidas. Descobres-me nos recantos mais escuros... nos lugares ocultos da vida. Cansada de fugir, rendo-me. Deixo que me beijes todos os sonhos. Confidencio-te todos os meus segredos e tu... tu sussurras-me canções de embalar, mas destapas as sombras do manto que me turvam a vista. E a lua deixa de ser... Encontro-me em ti. Do teu lado dormirei, jamais. Com o nascer do sol desapareces qual lenda vampírica. Finalmente deleito-me num sono breve, exausta de tanto abraço teu. Arrasto-me pelo dia contida no momento em que me deixei levar por ti e olho-me. O reflexo de mim é apenas melancolia em forma de dia cinzento.

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Tomorrows

O estrondo da porta estremeceu-lhe todas as certezas. O ultimo passo que conseguiu dar foi uma rasteira no vazio que ela mesma criara. Nada ficou, e de tudo quanto havia à sua volta apenas se conseguiu concentrar no silêncio tumular que arranhava as quatro paredes depois de absorverem o eco do baque seco da porta. Muitas vezes olhara para aquelas paredes, muitas vezes fechara aquela porta, e tantas vezes sentiu aquele barulho oco, quase assassino. Mas hoje, apenas hoje, e noutros dias como hoje doeu-lhe o nada que vestia as paredes e a despia sem piedade. Hoje, apenas hoje, e noutros dias como hoje olhou para trás mesmo sabendo que uma vez trespassada aquela porta, ela não mais será, senão uma passagem sem chave, para passado...



Texto de, Mαğΐα

Wednesday, January 14

Departures

I´m late for the 5´11 time train... or have I just forgotten to buy the ticket.



Illustration by, Bob Lescaux
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Tuesday, January 13

Little instants VI

She felt pressure between her eyes. It had become almost blinding, the search for the exact moment an image would change the direction of her pencil. The moment, a word would become a vision. D-E-C-A-D-E-N-C-E. She can recall: when words became silence... when eyes spoke. A bit of hurt. Music transporting life, transporting decadence in shades of grey. Grey, tone 18.

She likes it there... can I stay?
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Thursday, January 8

Placebo - I want you too

Because I just feel like it...

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Tuesday, January 6

Cabinet de merveille I

Ele colocava meticulosamente os pequenos objectos, num espaço ainda livre existente na pequena sala. Gesticulava para que ela não encostasse o nariz numa vitrina. Nada surpreendida com a sua exigência, colocou de imediato as suas pequenas mãos atrás das costas, tal como ele lhe tinha ensinado. Silenciosa, aguardava ansiosamente o momento em que ele a deixaria abrir aquela caixa. A que ficava guardada no canto e tinha um aspecto muito, mesmo muito antigo. Imaginava que tinha vindo dum país longínquo, daqueles que são inventados para os contos de fadas...
Sempre que a abria, esvaziava-a e imaginava o que lá guardaria quando fosse sua. "É tua" disse ele. Com os dedos trémulos, agarrou na caixa, retirou-lhe o conteúdo devagar e com todo o cuidado. Sorriu e disse: "Obrigado". Com passo apressado, não fosse ele mudar de ideias, saiu para a rua em direcção à casa. Pelo caminho, ainda o ouviu gritar: "Hey! não me disseste o que vais guardar lá dentro?" Respondeu em sussurro: " Segredos e dragões paizinho, segredos e dragões..."

Nevava.
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